Pegação Rupestre

A Galeria TATO recebe, a partir de 30 de agosto, a exposição “Pegação Rupestre”, de Marcelo Salum, sob curadoria de Leonardo Maciel e Paulo Cibella, marcando o retorno do projeto "DARK ROOM" em parceria com o Vórtice Cultural.

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Marcelo Salum mergulha nos territórios do desejo e propõe um diálogo visceral entre o ancestral e o contemporâneo, investigando as formas como o tesão atravessa o tempo, os corpos e os espaços — da escuridão das cavernas às margens urbanas dos encontros casuais.

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“Seriam as cavernas os primeiros dark rooms?”, questiona o curador Leonardo Maciel, e afirmando que Salum constrói uma narrativa que fricciona passado e presente, transformando o espaço expositivo em território de escuta, toque e partilha. A prática urbana do cruising é aqui compreendida como arqueologia: uma escavação afetiva e erótica que conecta práticas comunitárias de prazer às marcas rupestres da história.

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No ambiente imersivo de Pegação Rupestre, formas orgânicas e elementos gráficos escorrem pelas superfícies, ativando sentidos e afetos. Estalactites táteis emergem como corpos que convocam ao toque, enquanto sons e texturas evocam a memória do prazer compartilhado. A obra de Salum tensiona limites entre o íntimo e o coletivo, entre o ritual e o improviso, entre o desejo e a política dos corpos.

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Como desdobramento da exposição, um espaço Dark Room será ativado dentro da galeria — não como zona de clausura, mas como território expandido de escuta e reflexão sobre corpo, desejo e sexualidade. A proposta insere o público em uma experiência sensorial e crítica, ampliando o alcance da obra para além da visualidade.

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A exposição integra a programação comemorativa dos 15 anos da Galeria TATO, reafirmando seu compromisso com a arte contemporânea brasileira, o incentivo à liberdade criativa e a construção de diálogos críticos que atravessam linguagens, afetos e políticas do sensível.